Projeto “Escola Alerta”

Concurso “Escola Alerta!” 2024/2025 (21.ª edição)

Escola e equipa de trabalho:

GAAF/NAAI/CRI-ASSOL/Centro Qualifica do Agrupamento de Escolas de Santa Cruz da Trapa (AESCT), entre outros colaboradores internos e externos – Câmara Municipal de São Pedro do Sul, Associação de Pais e Encarregados de Educação do AESCT (APAST); Associação de Solidariedade Social de Lafões (ASSOL); Agrupamento de Escolas Grão Vasco, Centro de Recursos TIC para a Educação Especial (CRTIC) de Viseu e músico Omiri.

Designação/título do trabalho: livro antológico inclusivo/HISTÓRIAS DE UMA ESCOLA “In” Cantada

Categoria a que concorre: Educação Pré-escolar e Primeiro Ciclo

Objetivos (gerais) (Regulamento n.º 858/2024, de 7 de agosto) 

1. Sensibilizar e incentivar os alunos a identificar todo e qualquer tipo de obstáculo e desafios inerentes à promoção da igualdade de oportunidades, no respeito pelos direitos humanos e, em particular, pelos direitos das pessoas com deficiência; 
2. Sensibilizar e incentivar os alunos a participar na sinalização e na superação de todo e qualquer tipo de atitude discriminatória de que sejam alvo as pessoas em geral e, em particular, as pessoas com deficiência; 
3. Promover a identificação das principais barreiras à participação social existentes nas escolas e na comunidade, nomeadamente quanto à mobilidade e acessibilidade ao meio edificado, à comunicação e à informação, quanto ao acesso à educação ou ao emprego e/ou cultura, desporto e lazer, como contributos inventariados para a construção de uma sociedade efetivamente inclusiva; 
4. Envolver o maior número possível de crianças, alunos, docentes e outros elementos da comunidade educativa na reflexão imprescindível sobre os princípios consignados na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência; 
5. Divulgar trabalhos elaborados nas escolas por crianças e alunos, sob orientação dos educadores de infância e dos docentes e/ou técnicos, mediante a apresentação de propostas de solução exequíveis e inovadoras para a sua concretização.

Objetivos específicos (tendo em conta os gerais do Regulamento n.º 858/2024, de 7 de agosto):

(1) Sensibilizar e incentivar os alunos para a identificação de obstáculos e desafios, na escola,  inerentes à promoção da igualdade de oportunidades, de pessoas com deficiência e/ou doença, e/ou diferentes proveniências culturais; (2) sensibilizar e incentivar os alunos a participar na sinalização e superação de barreiras e de atitudes discriminatórias, de que possam ser alvo as pessoas com deficiência e/ou doença, e/ou diferentes proveniências culturais; (3) promover a identificação das principais barreiras à participação social existentes nas escolas, nomeadamente quanto à mobilidade e acessibilidade ao meio edificado, à comunicação e à informação e quanto ao acesso à educação; (4) envolver o maior número possível de crianças, alunos, docentes e outros elementos da comunidade educativa, bem como parceiros externos, na reflexão imprescindível sobre a inclusão; (5) promover a literacia, enquanto veículo de comunicação, através de um livro inclusivo, acessível ao maior número possível de pessoas; (6) desenvolver a criatividade, nos alunos, através da interpretação e produção de conteúdos ilustrativos; (7) divulgar trabalhos, no âmbito da inclusão, elaborados por crianças e alunos, sob orientação de docentes e técnicos, associando-os a datas comemorativas/outras atividades do AESCT.

Metodologia utilizada na realização do trabalho:
(respetivos alunos e profissionais, mencionados na ficha técnica do livro)

de outubro a fevereiro: articulação da equipa responsável integrando reuniões formais do Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF) e do Núcleo de Apoio à Aprendizagem e à Inclusão (NAAI), bem como informais, para debate, planificação e distribuição de tarefas, com vista a culminar na criação e divulgação de um livro antológico, inclusivo e acessível; 13 de novembro: aprovação/validação do projeto em conselho pedagógico; de 14 de novembro a 5 de dezembro: envolvimento de seis turmas do 1.º Ciclo, sob orientação de docentes e técnicos, na exploração de temas específicos, inerentes à inclusão, nas suas diversas dimensões (deficiência, doença e/ou diversidade cultural), partindo do mote “E se recebêssemos na nossa turma um(a) aluno(a) com/de…”, que resultou na produção dos textos/histórias/canção; de 3 a 17 de dezembro: crianças da educação pré-escolar e uma turma do 1.º Ciclo exploraram e ilustraram as criações dos colegas mais velhos; e, em cada grupo, procedeu-se à votação das três ilustrações para figurarem no livro; para além disso, de 3 a 9 de dezembro, na Semana da Diversidade e da Inclusão do AESCT, ficaram algumas destas produções patentes na exposição “Olhares e modos de ver a diferença”; de janeiro a fevereiro: revisões de texto; oralização por alunos; traduções de todos os textos para inglês e, um deles, alusivo à temática da migração, traduzido para mais quatro idiomas; e foi criado o fantoche “In”; de 10 a 21 de fevereiro: contactos com Agrupamento de Escolas Grão Vasco e elaboração dos vídeos em língua gestual portuguesa; de 17 a 25 de fevereiro: alunos do 5.º, do 7.º e 8.º anos criaram ilustrações para a capa, tendo a equipa responsável pelo projeto selecionado a ilustração da mesma. Perspetiva futura de fevereiro a 16 de maio – escrita do livro em Braile (CRTIC de Viseu), livro físico, pelas mãos de pessoas apoiadas pela ASSOL; divulgação do livro por toda a comunidade, em parceria com a autarquia, no Seminário Dia da Família (16 de maio) – Painel “A diversidade nas comunidades”.

Recursos Utilizados: 

  • recursos audiovisuais (telemóvel, computador/projetor, microfones, programas de edição – Canva e outros sites/aplicações…); material de sala de aula; material de desgaste (folhas, feltro, macramé, lápis de cor…).

Resultados obtidos: 
(pontos fortes, pontos fracos, como se sentiram os alunos ao participar, avaliação global)

De acordo com a observação direta, a equipa verificou um forte envolvimento, interesse e entusiasmo por parte das crianças/alunos. Considera como ponto forte a disseminação global de uma obra literária acessível, resultante de uma reflexão/identificação, em sala de aula, de barreiras e de soluções para a integração/valorização da diversidade, de pessoas com deficiência e/ou doentes, em contexto escolar, promovendo a igualdade e a não discriminação. Outro ponto forte deste projeto foi a parceria com diversos elementos internos, bem como com entidades parceiras. Como ponto fraco, salienta-se, apenas, o tempo disponível para a concretização de tudo o que a equipa sonhou, que só poderá concretizar-se em maio do presente ano letivo. Do questionário aplicado ao 1.º Ciclo (ver informação complementar em 2.2), salienta-se que os alunos sentiram que as suas ideias e sugestões foram valorizadas, tendo todos eles avaliado a atividade de forma extremamente positiva.

Pré-lançamento – HISTÓRIAS DE UMA ESCOLA “In” Cantada

Livro antológico e inclusivo do AESCT

É com enorme satisfação e orgulho que partilho o resultado dos primeiros trabalhos deste projeto com toda a comunidade educativa. 

Este livro foi concebido, no âmbito do concurso “Escola Alerta!” (2024/2025 – 21.ª edição), promovido pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, e resultou do entusiasmo e do trabalho colaborativo de uma gigantesca equipa de trabalho, incluindo parceiros externos.

Esta obra inspira-nos e leva-nos a uma importante reflexão sobre o respeito pela diversidade, com o propósito de construir uma escola cada vez menos discriminatória e mais justa, em prol dos direitos humanos.

Acedam ao livro e acompanhem o seu processo criativo:

Projeto Escola Alerta

Desejo-vos uma excelente viagem pelos nossos e vossos castelos “In” cantados!

Diretor do AESCT

HISTÓRIAS DE UMA ESCOLA “In” Cantada

Exposição escola “In” cantada

No âmbito do Projeto Escola Alerta 2024/2025, a professora Ana Paulo propôs aos alunos do 5.º e do 7.º anos um desafio criativo: ilustrar uma escola inspirada num castelo encantado, para figurar na capa de um livro inclusivo, escrito e ilustrado por crianças, respetivamente do primeiro ciclo e do pré-escolar. 

O objetivo não foi, apenas, estimular a imaginação dos alunos, mas também celebrar a magia do processo criativo e a importância de cada um/a como artista.

Os resultados deste desafio foram deslumbrantes, com uma variedade de desenhos, que captaram a essência de uma escola, que desejamos que seja verdadeiramente inclusiva e, por isso, encantadora. 

Para valorizar o esforço e o talento de cada participante, foi organizada uma exposição com todos os desenhos, criando um espaço de partilha e apreciação do trabalho coletivo. 

Esta exposição não só evidencia a dedicação dos estudantes, mas também transmite à comunidade escolar uma mensagem importante: a nossa escola pode, sim, ser “In” Cantada – se a inclusão for uma realidade e todos respeitarmos a diversidade!

O Escola Alerta é um espaço onde a criatividade não tem limites e este projeto é a prova disso. E acreditem… a escolha de apenas uma ilustração para representar todos os alunos/as não foi nada fácil!

Projeto Escola Alerta

I –Designação do Trabalho

 O nosso trabalho intitula-se “Incluir+”, porque acreditamos que as escolas verdadeiramente inclusivas necessitam de uma maior consciência sobre o mundo que as rodeia. Desde sempre ouvimos falar de inclusão, no entanto, continuamos a sentir muitas dificuldades quando, no dia a dia, tentamos interagir com os nossos colegas que têm alguma deficiência e/ou limitação. Por isso, desafiamo-nos a conhecer melhor o mundo da deficiência e assumir o compromisso de contribuir para uma inclusão mais positiva na nossa escola e na comunidade que nos envolve.

II – Objetivos do trabalho

– Sensibilizar e incentivar os alunos a identificar os obstáculos e desafios inerentes à promoção da igualdade de oportunidades, no respeito pelos direitos humanos e, em particular, pelos direitos das pessoas com deficiência.

– Sensibilizar e incentivar os alunos a participar na sinalização e na superação de ações e atitudes discriminatórias de que são alvo as pessoas em geral e, em particular, as pessoas com deficiência.

– Promover a reflexão e a partilha de ideias junto dos alunos, com vista em atitudes mais positivas face à diferença.

– Desenvolver com os alunos trabalhos de sensibilização de combate a situações de discriminação na escola e na sociedade em geral.

III – Metodologia utilizada na realização do trabalho

Para a concretização deste trabalho, fomos orientados pelo Educador Social e apoiados por alguns professores da nossa escola. Em novembro de 2021, o Educador Social falou-nos do projeto e, a partir daí, dinamizamos algumas sessões diversificadas, com o intuito de compreender melhor o tema do nosso projeto. Inicialmente, centramos as nossas discussões e partilhas em torno do Autismo, já que na nossa escola temos alguns colegas com essa problemática. Contudo, ao longo das sessões, fomos também abordando outros aspetos que nos permitiram ter um olhar diferente perante a deficiência. A participação em atividades, nomeadamente a organização da exposição “Modos e Olhares de ver a Diferença”, ajudou-nos a compreender que existem muitas pessoas “famosas e bem-sucedidas” com deficiência, pelo que a sua deficiência não as limitou. A atividade do Dia Mundial da Consciencialização do Autismo, permitiu-nos fazer uma importante reflexão sobre a necessidade de se continuar a assinalar este dia, bem como de chegar a um maior número de alunos e professores.

As atividades relacionadas com a empatia ajudaram-nos a compreender a perspetiva do outro, numa reflexão profunda e consciente de que o problema da outra pessoa também pode ser o nosso. Traduziu-se numa aprendizagem transversal para a vida, na medida em que o nosso comportamento pode fazer a diferença na vida do outro.

Nas aulas de educação física experienciamos algumas atividades desportivas, com diferentes graus de dificuldade, com o intuito de sentirmos na pele as dificuldades e barreiras sentidas pelas pessoas com deficiência.

A atividade final prendeu-se com a concretização de uma campanha de sensibilização cujo objetivo passou por dignificar a importância do outro na sociedade, independentemente da sua deficiência e/ou limitação, tal como o próprio nome indica “Tu és Tu e a Sociedade precisa de ti!”.

IV – Recursos utilizados

Recursos Humanos

Alunos, Professores e assistentes operacionais.

Recursos Materiais

Durante as atividades do projeto, utilizamos cartolinas, marcadores, computadores, impressora, materiais desportivos, folhas de papel e outros materiais de desgaste cedidos pela nossa escola.

 V – Resultados obtidos (pontos fortes, pontos fracos, como se sentiram os alunos ao participar, avaliação global).

Relativamente aos pontos fortes do nosso trabalho, destacamos:

– o espírito de equipa que desenvolvemos ao longo das atividades do projeto;

– o desenvolvimento de competências pessoais e sociais (escuta ativa, comunicação, relacionamento interpessoal);

– tomada de consciência e a nossa maior sensibilidade para as questões da deficiência;

– o envolvimento de vários alunos e professores no desenvolvimento do projeto;

– a diversidade de atividades.

Em relação aos pontos fracos do nosso trabalho:

– falta de tempo para desenvolver mais atividades;

– questões relacionadas com o covid-19 (faltas de alunos, professores);

– o facto de o términus do projeto ser em abril, pois consideramos que o projeto deveria ser desenvolvido até ao final do ano letivo;

– gostaríamos de ter dinamizado uma atividade com os pais sobre as questões da deficiência e o papel dos mesmos na construção de uma escola verdadeiramente inclusiva.

Contudo, estamos muito satisfeitos em participar no projeto Escola Alerta, pois permitiu-nos adquirir conhecimentos e experienciar coisas sobre as quais não  pensamos muito habitualmente. Por outro lado, acreditamos que conseguimos, de alguma forma, contribuir para a construção de uma escola mais harmoniosa e inclusiva. 

Dia Internacional das Pessoas com Deficiência

O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência assinala-se anualmente no dia 3 de dezembro.

Esta efeméride tem o objetivo de motivar as pessoas para uma maior compreensão dos assuntos relativos à deficiência, promover uma mobilização para a defesa da dignidade, dos direitos e do bem-estar, e contribuir para a criação de um mundo mais inclusivo e equitativo para as pessoas com deficiência.

Na turma do 6.º A, o Educador Social dinamizou uma atividade na aula de Cidadania e Desenvolvimento com o objetivo de, numa primeira fase, apresentar o projeto Escola Alerta e fomentar a reflexão em torno dos conceitos “inclusão” e “direitos humanos”. Na segunda fase, os alunos foram desafiados a criar medidas para desenvolver na escola, que promovessem uma efetiva educação inclusiva para todos. 

Das medidas apresentadas pelos alunos, destacam-se as principais: 

– Programa de mentorias entre alunos, com vista no apoio de alunos com deficiência, numa perspetiva de criar uma relação de amizade e integração entre pares; 

– Dinamizar ações de sensibilização para alunos e famílias sobre a deficiência, para aumentar o conhecimento das pessoas e quebrarem-se estereótipos que impedem a verdadeira inclusão; 

– Criar mais espaços lúdicos, para que os alunos possam interagir uns com os outros.