GAAF/NAAI/CRI-ASSOL/Centro Qualifica, entre outros colaboradores internos e externos
Objetivos:
(Regulamento n.º 858/2024, de 7 de agosto)
1. Sensibilizar e incentivar os alunos a identificar todo e qualquer tipo de obstáculo e desafios inerentes à promoção da igualdade de oportunidades, no respeito pelos direitos humanos e, em particular, pelos direitos das pessoas com deficiência;
2. Sensibilizar e incentivar os alunos a participar na sinalização e na superação de todo e qualquer tipo de atitude discriminatória de que sejam alvo as pessoas em geral e, em particular, as pessoas com deficiência;
3. Promover a identificação das principais barreiras à participação social existentes nas escolas e na comunidade, nomeadamente quanto à mobilidade e acessibilidade ao meio edificado, à comunicação e à informação, quanto ao acesso à educação ou ao emprego e/ou cultura, desporto e lazer, como contributos inventariados para a construção de uma sociedade efetivamente inclusiva;
4. Envolver o maior número possível de crianças, alunos, docentes e outros elementos da comunidade educativa na reflexão imprescindível sobre os princípios consignados na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência;
5. Divulgar trabalhos elaborados nas escolas por crianças e alunos, sob orientação dos educadores de infância e dos docentes e/ou técnicos, mediante a apresentação de propostas de solução exequíveis e inovadoras para a sua concretização.
Descrição sumária:
No âmbito do concurso “Escola Alerta”, cuja entidade proponente é o Instituto Nacional para a Reabilitação, pretende-se o envolvimento dos alunos e dos docentes do 1.º Ciclo e/ou técnicos na exploração de temas específicos, inerentes à inclusão, nas suas diversas dimensões (deficiência e/ou diversidade cultural), partindo do mote “E se recebêssemos na nossa turma um(a) aluno(a) com/de…”, que resultará numa produção de texto, a ser ilustrada, posteriormente, pelas crianças da Educação Pré-escolar, culminando num livro antológico e inclusivo, com envolvimento de diferentes elementos da comunidade educativa, bem como entidades parceiras.
O nosso trabalho intitula-se “Incluir+”, porque acreditamos que as escolas verdadeiramente inclusivas necessitam de uma maior consciência sobre o mundo que as rodeia. Desde sempre ouvimos falar de inclusão, no entanto, continuamos a sentir muitas dificuldades quando, no dia a dia, tentamos interagir com os nossos colegas que têm alguma deficiência e/ou limitação. Por isso, desafiamo-nos a conhecer melhor o mundo da deficiência e assumir o compromisso de contribuir para uma inclusão mais positiva na nossa escola e na comunidade que nos envolve.
II – Objetivos do trabalho
– Sensibilizar e incentivar os alunos a identificar os obstáculos e desafios inerentes à promoção da igualdade de oportunidades, no respeito pelos direitos humanos e, em particular, pelos direitos das pessoas com deficiência.
– Sensibilizar e incentivar os alunos a participar na sinalização e na superação de ações e atitudes discriminatórias de que são alvo as pessoas em geral e, em particular, as pessoas com deficiência.
– Promover a reflexão e a partilha de ideias junto dos alunos, com vista em atitudes mais positivas face à diferença.
– Desenvolver com os alunos trabalhos de sensibilização de combate a situações de discriminação na escola e na sociedade em geral.
III – Metodologia utilizada na realização do trabalho
Para a concretização deste trabalho, fomos orientados pelo Educador Social e apoiados por alguns professores da nossa escola. Em novembro de 2021, o Educador Social falou-nos do projeto e, a partir daí, dinamizamos algumas sessões diversificadas, com o intuito de compreender melhor o tema do nosso projeto. Inicialmente, centramos as nossas discussões e partilhas em torno do Autismo, já que na nossa escola temos alguns colegas com essa problemática. Contudo, ao longo das sessões, fomos também abordando outros aspetos que nos permitiram ter um olhar diferente perante a deficiência. A participação em atividades, nomeadamente a organização da exposição “Modos e Olhares de ver a Diferença”, ajudou-nos a compreender que existem muitas pessoas “famosas e bem-sucedidas” com deficiência, pelo que a sua deficiência não as limitou. A atividade do Dia Mundial da Consciencialização do Autismo, permitiu-nos fazer uma importante reflexão sobre a necessidade de se continuar a assinalar este dia, bem como de chegar a um maior número de alunos e professores.
As atividades relacionadas com a empatia ajudaram-nos a compreender a perspetiva do outro, numa reflexão profunda e consciente de que o problema da outra pessoa também pode ser o nosso. Traduziu-se numa aprendizagem transversal para a vida, na medida em que o nosso comportamento pode fazer a diferença na vida do outro.
Nas aulas de educação física experienciamos algumas atividades desportivas, com diferentes graus de dificuldade, com o intuito de sentirmos na pele as dificuldades e barreiras sentidas pelas pessoas com deficiência.
A atividade final prendeu-se com a concretização de uma campanha de sensibilização cujo objetivo passou por dignificar a importância do outro na sociedade, independentemente da sua deficiência e/ou limitação, tal como o próprio nome indica “Tu és Tu e a Sociedade precisa de ti!”.
IV – Recursos utilizados
Recursos Humanos
Alunos, Professores e assistentes operacionais.
Recursos Materiais
Durante as atividades do projeto, utilizamos cartolinas, marcadores, computadores, impressora, materiais desportivos, folhas de papel e outros materiais de desgaste cedidos pela nossa escola.
V – Resultados obtidos (pontos fortes, pontos fracos, como se sentiram os alunos ao participar, avaliação global).
Relativamente aos pontos fortes do nosso trabalho, destacamos:
– o espírito de equipa que desenvolvemos ao longo das atividades do projeto;
– o desenvolvimento de competências pessoais e sociais (escuta ativa, comunicação, relacionamento interpessoal);
– tomada de consciência e a nossa maior sensibilidade para as questões da deficiência;
– o envolvimento de vários alunos e professores no desenvolvimento do projeto;
– a diversidade de atividades.
Em relação aos pontos fracos do nosso trabalho:
– falta de tempo para desenvolver mais atividades;
– questões relacionadas com o covid-19 (faltas de alunos, professores);
– o facto de o términus do projeto ser em abril, pois consideramos que o projeto deveria ser desenvolvido até ao final do ano letivo;
– gostaríamos de ter dinamizado uma atividade com os pais sobre as questões da deficiência e o papel dos mesmos na construção de uma escola verdadeiramente inclusiva.
Contudo, estamos muito satisfeitos em participar no projeto Escola Alerta, pois permitiu-nos adquirir conhecimentos e experienciar coisas sobre as quais não pensamos muito habitualmente. Por outro lado, acreditamos que conseguimos, de alguma forma, contribuir para a construção de uma escola mais harmoniosa e inclusiva.
O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência assinala-se anualmente no dia 3 de dezembro.
Esta efeméride tem o objetivo de motivar as pessoas para uma maior compreensão dos assuntos relativos à deficiência, promover uma mobilização para a defesa da dignidade, dos direitos e do bem-estar, e contribuir para a criação de um mundo mais inclusivo e equitativo para as pessoas com deficiência.
Na turma do 6.º A, o Educador Social dinamizou uma atividade na aula de Cidadania e Desenvolvimento com o objetivo de, numa primeira fase, apresentar o projeto Escola Alerta e fomentar a reflexão em torno dos conceitos “inclusão” e “direitos humanos”. Na segunda fase, os alunos foram desafiados a criar medidas para desenvolver na escola, que promovessem uma efetiva educação inclusiva para todos.
Das medidas apresentadas pelos alunos, destacam-se as principais:
– Programa de mentorias entre alunos, com vista no apoio de alunos com deficiência, numa perspetiva de criar uma relação de amizade e integração entre pares;
– Dinamizar ações de sensibilização para alunos e famílias sobre a deficiência, para aumentar o conhecimento das pessoas e quebrarem-se estereótipos que impedem a verdadeira inclusão;
– Criar mais espaços lúdicos, para que os alunos possam interagir uns com os outros.